17/05/2005
Luis Antonio Giron
16/05/2005Ler as mais de 450 páginas do novo romance de Umberto Eco significa viajar pela memória afetiva do escritor. Sua infância se desenrolou durante o fascismo e são as imagens daquela época que ele faz aflorar de maneira comovente: gibis, rótulos, filmes, capas de revista, fotografias, gravuras, canções
Por Luís Antônio Giron
A Misteriosa Chama da Rainha Loana pode ser descrito como um livro de ficção impura, bizarro em seu memorialismo desenfreado, maravilhoso no embrenhar-se nas imagens da cultura popular da era fascista e revelador da personalidade do autor. Penso ser este o melhor dos cinco romances de Eco, pela mistura de elementos e porque o artista, pela primeira vez em sua atividade literária, troca as referências da História pelas lembranças de sua história pessoal. Também se trata da ficção mais sincera desse mago do artifício.
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